Essa fruta de sabor levemente ácido tem despertado interesse de diversos estudos por ser fonte de compostos que atuam no processo de cicatrização e de compostos antioxidantes naturais que previnem o envelhecimento precoce.
Além disso, estudos recentes mostram que essa fruta pode potencializar os processos anti-inflamatórios e antimicrobianos do organismo, diminuir o risco de doenças cardíacas e até mesmo atuar na prevenção de câncer principalmente no de próstata.
Existem dois tipos mais conhecidos de romã: a amarela, de origem nacional, que possui grande quantidade de sementes e uma pequena parte carnosa e a vermelha, que é de uma variedade originária do Canadá e apresenta pequenas quantidades de sementes envoltas em uma grossa camada carnosa. As romãs amarelas são as mais disponíveis no comércio e as mais encontradas em plantações caseiras, o que torna seu valor comercial aproximadamente 60% mais baixo em relação às vermelhas. No entanto, ambas são igualmente ricas quanto aos seus teores nutricionais.
Os benefícios que a romã propicia à saúde são conhecidos desde a Antigüidade, o que explica a importância que relatamos acima. Tanto a polpa como a semente são ricas em antioxidantes, mas é a casca da romã que apresenta as maiores quantidades desses compostos. Esses antioxidantes atuam no combate aos radicais livres, que causam envelhecimento precoce, flacidez da pele, celulite, perda da elasticidade, rugas, etc. Ela também atua aumentando o fator de proteção do filtro solar na pele, pois o ácido elágico (um dos compostos antioxidantes mais poderosos dessa fruta) potencializa a proteção das células contra a ação dos raios solares, fonte de radicais livres. Além disso, inibe a proliferação de melanócitos, prevenindo manchas na pele causadas pelo sol.
O chá da casca também é popularmente utilizado contra infecções de garganta, já que os compostos fenólicos (antioxidantes responsáveis por preservar as estruturas biológicas da planta) encontrados principalmente nas cascas e sementes da fruta têm propriedades anti-inflamatórias capazes de aderir à mucosa, protegendo-a e aliviando as dores. Outro composto presente na romã que atua na prevenção dessas infecções são os taninos, por apresentarem forte ação adstringente que diminui a secreção da mucosa. Por estes mesmos motivos, a fruta também é empregada no combate a diarreias e disenterias.
Estudos realizados tanto no Brasil como por pesquisadores de outros países revelaram que a romã pode apresentar teores de compostos antioxidantes até três vezes maiores que aqueles encontrados no chá verde e até no vinho tinto. Esses compostos foram apontados em diversos estudos como responsáveis por evitar a oxidação do LDL (o “mau” colesterol), impedindo assim o endurecimento das artérias e desenvolvimento da aterosclerose e formação de coágulos que podem ocasionar infartos e derrames.
A polpa da romã também mostrou um ótimo efeito em tratamentos dentários, por apresentar forte inibição de crescimento bacteriano no biofilme dental. Outras pesquisas também mostraram que as sementes de romã, por conterem vitamina A, foram muito eficientes nos tratamento de complicações oculares, como a conjuntivite. E mais: há indícios de que a polpa dessas frutas inibe o crescimento de células tumorais, devido à presença das antocianinas (substâncias anticancerígenas responsáveis pela cor avermelhada das polpas) em sua composição.
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