Pesquisadores norte-americanos identificaram componentes fundamentais de uma proteína chamada TRIM5 alfa, capaz de destruir o HIV em macacos.
No organismo dos primatas, o composto é responsável por prender e dizimar o vírus. Os homens também possuem uma versão da proteína, porém ineficaz para combater o agente responsável pela Aids.
A TRIM5 alfa é composta por quase 500 aminoácidos. Seis deles, localizados em uma região pouco estudada do composto, foram identificados pelo trabalho da Universidade Loyola de Chigago como cruciais para a função de inibir o corpo de infecções virais. Quando alterados em células humanas, a proteína alfa perdeu sua capacidade de atacar o HIV.
A pesquisa foi feita em uma cultura de células, sem uso de seres vivos. O estudo será tema da edição de setembro da revista Virology.
Para detectar a reação com o HIV, os cientistas da Universidade Loyola atrelaram proteínas fluorescentes a TRIM5, permitindo destacar as interações microscópicas. A prática é comum nas pesquisas mais recentes envolvendo a proteína e o vírus.
A eficiência da TRIM5 alfa em macacos é conhecida desde 2004, porém a pesquisa liderada por Edward M. Campbell abre a possibilidade de saber exatamente quais mecanismos da proteína são responsáveis por destruir o HIV.
É um passo fundamental para conhecer como este efeito pode ser reproduzido em homens, seja pela manipulação da proteína no organismo dos humanos ou pela produção de compostos que simulem a ação da TRIM5 alfa.
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